A line going for a walk

Tomaso De Luca, Matteo Fato, Daniel Fernandes, Luís Lázaro Matos, Ana Manso, João Marçal, Fátima Moreno

opening June 18

until 26th July

 

MONITOR has the pleasure to announce A line going for a walk, a group show focused on the practice of drawing, that brings into dialog 7 young artists. Each of them composes a portion of a circuit stapled by a multitude of technical and thematic approaches that drawing allows.
Tomaso De Luca investigates other times and spaces, where a story seems to emerge over and over again. The artist takes images of advertisements from post-war Europe, and alters them by employing drawing as a medium able to re-write and rearrange reality.

The research basis of Daniel Fernandes concentrates on the practice of drawing. He feels as if drawing is transitive, it is more than anything, to draw an action. Such action differs from the image it generates, in the sense that the highly performative character of the act of drawing, is lost in it’s bi- dimensional expression. This duality linked with a lingering subtext is present in his body of work.
Ana Manso explores a vast body of abstract patterns that serve as a starting point for her intensely layered paintings. She develops a complex visual language in bridge,bridge,bridge where painting and drawing seem to merge with diluted borders, coming together in the shape of an elegant wooden book.
In these works by João Marçal we can see a transposition of his interest for enigmatic geometric figures, which is present in his paintings. With an experimental approach, quick strokes and intuitive decisions, the image is composed resorting to leftover paint.
A funky flavor pervades the work of Fátima Moreno, her trait is absolutely exquisite: fluid sly figurines, animals and humans with exploding hats, big feet and doll-like faces inhabit her drawings. In various shapes and sizes, a number of these figures come alive in the show in an explosion of multiple colors and lines.
The works of Luís Lázaro Matos brings us close to another approach on drawing: a series of elegant figurines of Italian military garments from prints of the 19th and 20th century, where the artist intervenes with a quick hand to defuse their functions, defying their inherent authority, transforming them into ironic and pleasantly amusing characters.
Matteo Fato likes to explore different mediums in his practice: most of the time his paintings and drawings are accompanied or better said “framed” with a case made of plywood, for transport. In Untitled (Somersault) – the drawing assumes a three-dimensional and sculptural aspect, like a landscape embedded into a plinth.
Under Paul Klee’s hyperbolic statement “A drawing is simply a line going for a walk” we gather the elements that compose a path through plurality and freedom. Fluidity punctuates the show, by
merging together such diverse approaches we aim to bring forth the endless possibilities that this practice provides.

 

Tomaso De Luca, Matteo Fato, Daniel Fernandes, Luís Lázaro Matos, Ana Manso, João Marçal, Fátima Moreno

inauguração 18 Junho

patente até 26 Julho

 

A MONITOR tem o prazer de anunciar A line going for a walk, uma exposição colectiva focada na prática do desenho, que coloca em diálogo 7 jovens artistas.
Cada um forma uma porção de um circuito expositivo marcado pela multiplicidade de abordagens temáticas e técnicas que a prática do desenho proporciona.

Tomaso De Luca investiga tempos e espaços paralelos, de onde extrai
inevitavelmente narrativas. O artista utiliza imagens de campanhas publicitárias de uma

Europa pós guerra, e intervem sobre estas, recorrendo ao desenho como meio de reescrever e reformular a realidade.
A pesquisa de Daniel Fernandes é focada na prática do desenho. Encara o desenho como transitivo, é sobretudo desenhar uma acção. Tal acção difere da imagem que cria, no sentido em que, o cariz altamente performativo do acto se dilui na sua expressão visual bidimensional. Esta dualidade alia-se a um certo subtexto latente no seu corpo de trabalho.
A obra de Ana Manso explora um vasto repertório de padrões abstractos que actuam como ponto de partida para as suas pinturas altamente condensadas com camadas. A artista desenvolve uma complexa linguagem visual na peça bridge,bridge,bridge, onde a pintura e o desenho se parecem fundir, diluindo barreiras, originando um livro em páginas de madeira. Neste conjunto de obras da autoria de João Marçal é perceptível a transposição do seu interesse por figuras geométricas, já presente nas suas pinturas. Através de uma abordagem experimental, traços rápidos e decisões intuitivas, a imagem compõe-se pelo uso de sobras de tinta.

Um gosto excêntrico impregna a obra de Fátima Moreno, o seu traço é peculiar: figuras fluidas e dissimuladas, animais e humanos com chapéus bizarros e rostos caricatos de expressões burlescas, que habitam os seus desenhos. Estas figuras de diversos tamanhos e feitios são trazidas à vida numa explosão de múltiplas cores e linhas,

As obras de Luís Lázaro Matos aproximam-nos de uma abordagem diferente á prática do desenho: uma série de figuras elegantes que envergam indumentária militar Italiana, retiradas de impressões dos séculos XIX e XX, são intervencionadas de forma a desactivar as suas funções. Desafiando a sua inerente carga autoritária, o que nos chega são personagens habilmente ironizadas.

Matteo Fato explora mediums distintos: na sua maioria as suas pinturas e desenhos são acompanhadas, ou melhor, “emolduradas” por uma caixa de contraplacado. Em Untitled (Somersault) – o desenho assume um cariz multidimensional, surge como que uma paisagem embutida num plinto.

Sob a declaração hiperbólica de Paul Klee, “Um desenho é simplesmente uma linha a dar um passeio” reunimos os elementos que compõem um caminho através da pluralidade e da liberdade. A fluidez pontua a exposição, ao unir estas diversas abordagens, pretendemos trazer as infinitas possibilidades que esta prática proporciona.