GUIDO VAN DER WERVE | PAPENDRECHT

 

OPENING SEPTEMBER 25th  7-9 pm

SHOW UNTIL 2ND NOVEMBER

 

Monitor Lisbon is glad to open its new season with Papendrecht, the first solo show in Portugal by Guido van der Werve. The dutch artist is internationally known for his

videos where he pushes his body close to the limits, often accompanied by his own musical compositions.

The title of the show is borrowed from the artist’s birth place, Papendrecht, a small town near Rotterdam. His home town has been the set for several of his video shootings, including the two video works shown for this exhibition: Nummer veertien and Nummer twee.

In Nummer twee (2003) the artist stares at the camera as an inner narrative reveals his inner struggle : “Just because I’m standing here doesn’t mean I want to.” He is standing on a suburban street in front of his childhood home, he walks backward slowly while keeping his gaze on the audience and he is suddenly hit by a car. From the back of a police van five ballerinas appear and dance to Corelli’s Christmas Concerto in front of his inert body.

In Nummer veertien, home (2012) van der Werve composed a requiem in three movements and mirrored its structure by completing a 1,000-mile triathlon from Paris to Warsaw. An extreme pilgrimage retracing the path Frédéric Chopin’s heart travelled after his death. Chopin left Poland at a young age and died in Paris aged 38 without ever returning to his homeland. His sister, fulfilling his will, smuggled his heart back to Poland, in the Holy Cross Church. In this film van der Werve intertwines three narratives: his triathlon homage to his musical hero, memories from his own childhood and the story of Alexander the Great.

The two works selected for the exhibition, made at a distance of nine years, confront the viewer with van der Werve’s transition from video to feature films, in which he maintains and expands the poetics, themes and preoccupations that characterize his personal search for the sublime.

 

____________________________________________________________________________

 

 

INAUGURAÇÃO 25 SETEMBRO  19H – 21H

TERMINA 2 NOVEMBRO

 

A Monitor Lisbon tem o prazer de abrir sua nova temporada com Papendrecht, a primeira exposição solo de Guido van der Werve a decorrer em Portugal. O artista Holandês é aclamado internacionalmente por seus vídeos nos quais trabalha o próprio corpo no seu limite, frequentemente acompanhado por composições sonoras próprias.

O nome da exposição remete ao sítio de nascimento do artista, Papendrecht, uma pequena vila nos arredores de Rotterdam. A sua cidade natal tem sido o cenário para várias de suas filmagens, como acontece nos dois vídeos exibidos nesta exposição: Nummer veertien, home (2013) e Nummer twee (2003).

Em Nummer twee (2003), o artista encara a câmara enquanto uma narrativa íntima revela suas lutas internas: “estar aqui, em pé, não significa que eu queira estar”. No começo do vídeo, van der Werve encontra-se em pé na rua suburbana onde passou a infância e caminha lentamente para trás, mantendo o olhar fixo no público, quando é atropelado por um automóvel. Em seguida, de trás de um carro de polícia, surgem cinco bailarinas a dançar o Concerto de Natal de Corelli em frente ao seu corpo inerte.

Para Nummer veertien, home (2012), van der Werve compôs um requiem em três movimentos que acompanham uma peregrinação de 1000 milhas realizada pelo artista em triathlon, desde Varsóvia Paris, invertendo o percurso percorrido pelo coração de Frédéric Chopin após a morte do compositor polaco. Chopin deixou seu país ainda criança e faleceu em Paris, aos 38 anos, sem nunca retornar à Polónia. Então, com o objetivo de realizar o desejo de Chopin de retornar à terra natal, a sua irmã contrabandeou o seu coração e sepultou-o na Igreja da Cruz Sagrada, em Varsóvia. No filme, van der Werve intercala três narrativas: o triathlon em homenagem ao seu herói da música, a própria infância e a história de Alexandre, o Grande.

Os dois trabalhos selecionados para Papendrecht, que foram realizados com nove anos de de intervalo, confrontam o espectador com a transição de van der Werve do vídeo para longa- metragem, na qual mantém e expande a poética, os temas e as preocupações que caracterizam a sua busca pessoal pelo sublime.